Blog do Quinca

terça-feira, 27 de julho de 2010

Isso já deu pano pra manga...

                    Algumas coisas me intrigam... Uma delas é o alto índice de violância cometida a clientes de instituições financeiras. É tão recorrente que não sai dos periódicos da cidade de Limeira, chegando a irritar aqueles que, como eu, detestam ineficiência, pra não chamarmos de incompetência. Em Limeira, as famosas “saidinhas bancárias”, já renderam um prejuízo superior a R$320,000,00 às vítimas desta prática, isso em apenas seis meses (Informação dada pelo Jornal de Limeira conforme link ao fim do texto). Isso fora diversos outros bens que foram levados, e sem falar em outras formas de prejuízos imateriais e futuros, haja vista os valores que integram esta ação delituosa.

                    Por conta da recorrência nesta modalidade de crime, temos presenciado diversas atitudes para minimizar este impacto, conforme consta na reportagem de Murilo Biagioli e Ivan Costa, tais como divisórias em frente aos caixas, proibição de uso do celular dentro de agências bancárias e transferência dos estacionamentos para motocicletas. Contudo, não vejo atitudes realmente necessárias. Ninguém fala em reforço no policiamento da cidade, pois nestes casos a presença de um policiamento ostensivo é de suma importância. Além disso, não acredito que deixar de estacionarem motocicletas em frente aos bancos vão reduzir este índice, pois bandido não fica estacionado na frente do local do crime, e sim à espreita. Proibição de uso de celulares dentro das agências, no atual estágio tecnológico em que vivemos, é quase uma piada. Quem sabe não vão propor cadastro fotográfico para aqueles que precisarem de um banco, como quiseram fazer com as casas noturnas...

                    Não acredito em transferência de responsabilidade nestes casos. Quem era pra fazer não o faz, e isso é fato. A polícia não protege porque falta estrutura. As leis não são bem feitas porque falta competência. A justiça não pune porque faltam reformas no sistema jurídico nacional. E o povo, a verdadeira vítima, não consegue mudar porque falta educação. Gostaria realmente de saber o que faria um cidadão com 32 Mil Reais em espécie andando pelas ruas... Não consigo pensar em pessoas com mais de R$1.000,00 em dinheiro andando por aí quando se pode fazer tranferências pela internet, por meio de DOC’s e TED’s, isso sem falar em Cheques Administrativos. Porque ninguém divulga essas coisas além dos bancos? Porque se restringe tanto, quando educar mais já mudaria muitas coisas?

                    Não acredito em erradicação dos problemas, principalmente quando se trata da violência, mas não posso admitir que o medo nos prenda dentro de casa por falta de competência para governar, para executar, para legislar e para fiscalizar. É inadmissível que falsas propostas sejam aplicadas para tapar o sol com a peneira, quando o que precisamos de verdade é de gente séria, honesta e corajosa para enfrentar de peito aberto as dores do povo.




Acorda Brasil,

Acorda Limeira!
 

Informações coletadas no Jornal de Limeira em 27/07/2010, por meio do link:

http://www.jornaldelimeira.com.br/site/noticias_detalhes.php?ID_Noticia=36731

terça-feira, 20 de julho de 2010

Em tempos de Guerra, O silêncio não serve como Arma!

           
                    Ano eleitoral... Circos armados, gente nas ruas, "bons" candidatos (ao menos em palanques e na oratória), filmes de gente política, declarações caluniosas, ou seja, as mesmas batalhas pelo poder do povo, que pode não ser incontestável, mas que é no mínimo soberano. É a mesma festa incoerente e dissimulada que ocorre bienalmente, e que só não compete com carnaval, pois este ocorre de ano em ano. De qualquer forma, temos a certeza que mais uma guerra se inicia... O objetivo é o mesmo, os personagens também, e como em toda guerra que se preze, quem sofre as consequências é o povo!

                    - "É a maior conquista da soberania popular!", dizem os Democratas a despeito do Sufrágio Universal (direito de votar e ser votado), porém vale ressantar a indiscutível obrigatoriedade do voto, colocando em cheque sua classificação como um direito, e tranformando-o em mero dever do povo.

                    Contudo, não tratarei de pormenores, como termos políticos ou discussões jurídicas acerca do tema, mas venho prezar pela maior, pra não dizer única, arma do povo diante deste circo dos horrores que é a política em nosso país. É descabido aceitarmos de braços cruzados que políticos sem caráter, bandidos, e canalhas se apoderem de nosso soberano poder. Sendo assim, não usarmos nossa única arma em épocas de eleição é entregar de bandeja nosso dinheiro, nosso suor, nossas batalhas e nossa dignidade para essa corja de cafajestes. Poucos são os políticos que merecem voto, mas precisamos ir em busca dessas pessoas, pois acreditar que eles não existem é abandonar a esperança, único conforto que nos resta...

                    Não venho defender este ou aquele político, e não quero apresentar um ou outro partido, mas é meu dever como cidadão, como pai e como gente contribuir para que a cidadania se fortaleça em nossa democracia. É muito comum nessa época que se veiculem pela internet os famosos "Hoax", ou pulhas virtuais, incentivando o voto nulo como forma de indignação e como ferramenta para substituição de candidatos. Isto, além de ser uma tremenda mentira, ainda limita nosso poder de escolha, deixando a decisão para poucos, normalmente interessados.

                    Não confundam voto nulo com eleição ou votação nula. Procurem se informar, pois vivemos na era da informação. A internet ajuda, amplia, cria cultura e até incentiva, mas com o mesmo poder com que executa, destrói e aliena as pessoas. Não sejam reféns de suas inseguranças e de sua ignorância pela falta de informações. Não cruzem os braços quando mais se precisa de operários.

                    Em tempos de guerra, o silêncio não serve como arma. Quem não toma partido obedece a ditadura dos que escolhem, submetendo-se ao que não gostaria e sem a dignidade de quem lutou por dias melhores... Sem a chance de dizer que tentou...


Acorda Brasil, Acorda!