Blog do Quinca

sexta-feira, 26 de março de 2010

Poema de Quinca

  

Mais um poema escrito por mim... Ele não é novo, mas é bonitinho! Espero que vocês gostem...


ANDANÇAS DE MINHA ALMA

No compasso de um passo sem rumo, marcho.
Em momento algum o devaneio de minha alma,
Corroído pela vasta sensação de triste calma,
Abandonou esse coração por um simples facho.

Ainda que meus olhos se fechem a verdadeira luz,
Que minha boca se cale diante de um som soturno,
Ainda que minha mente se prenda a um pensar noturno,
Não me furtarei de afastar de mim este nefasto lapuz.

No compasso de um passo inquieto, eu batalho.
Os versos usados na luta são mudos, mas urram
De complacência por um desejo eloqüente. Surram...
Mas de forma pacífica eles conseguem meu Serralho.

Inerte sensação de pesar sem pós-contentamento...
Divina comédia insana e incestuosa essa minha
Que vaga entre os maus dizeres de certa rainha.
Solidão! Ainda queres arrematar esse inútil sentimento?

No compasso de um passo sem medo, me vejo
A espreitar com veemência as animosidades alheias.
A gritar por alguém me traga logo uma candeia,
E que me vele com coração sincero, mas sem pejo.


Limeira, 05 de Novembro de 2009.

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