Blog do Quinca

segunda-feira, 22 de março de 2010

Aos Heróis do Meu Tempo...


Ao acaso, deparo-me com toda essa incoerência que nos rodeia e me pergunto onde estão os super-heróis de nosso tempo... Dia após dia nos vemos mais dependentes dessa figura isenta de personalidade, mas repleta de capacidades sobrehumanas... Não conseguimos definir um perfil, ou mesmo ou rosto para estes destemidos heróis, que tendem a se renovar com o passar das gerações, mas todos nós sabemos que eles devem ser dotados daquilo que não se encontra no homem comum, como por exemplo o amor ao próximo, senso de justiça, comprometimento com as causas sociais, vontade de mudar o mundo, etc.. De qualquer forma, buscamos modelos surreais sobre a ótica do mundo atual, justamente pela inexistência de valores morais contundentes e maciços.



Eu falo do mundo em que vivemos, ou melhor, que sobrevive a nós. É gritante a falta de práticas relevantes para manutenção da vida, bem como é latente o despropósito com que o “ser” humano conduz suas ações neste globo. Não consigo entender o sentido de algumas coisas, como porque não ratificar um tratado como o de Kyoto ou o Tribunal Penal Internacional. Não consigo entender, por exemplo, porque a igreja é tão forte e ao mesmo tempo tão fraca... Não consigo entender como num país como o nosso há tanta gente passando fome. Não consigo achar explicação pra muitas coisas grandes, mas ao mesmo tempo tão pequenas diante do poder que possuímos. Da mesma forma, não consigo achar explicações para quem nega um pedaço de pão, para quem não oferece seu lugar num ônibus ou para quem sequer tem a decência de assumir um erro.


É nesse cenário que a figura irrefragável do Super-Herói se cria. São homens e mulheres que se destacam por suas atitudes inovadoras, destemidas e extremamente desvairadas. Estes papéis são exercidos por pessoas com capacidades além daquelas que nascem com o ser-humano, privilégio de poucos. O Super-Herói do meu tempo não usa máscara, mas ninguém o enxerga quando não está a fazer uma atitude nobre. Ele, ou ela, não veste capa, nem pode voar, mas suas atitudes são dotadas de tanta coragem que, se repararmos bem, podemos ver que ele está num plano acima do nosso. Não tem visão de raio-x, mas enxerga longe, principalmente quando longe está alguém precisando de ajuda.


Como diria Jorge Versillo: “hoje o herói aguenta o peso das compras do mês...” E é sob este prisma que quero detalhar o herói do meu tempo. Vejo um herói em cada pai ou mãe de família que ganha pouco, mas que não deixa que isso destrua a felicidade de seus filhos. Vejo um super-herói em cada mãe e pai solteiros que batalham pela vitória de sua prole. O Herói do meu tempo está nas casas, nas empresas, nas igrejas e naus ruas, eles pagam impostos, além de matar um leão por dia.


Não me cabe julgar os vilões de meu tempo, por isso prometo não falar de política, roubalheira, criminalidade, ou correlatos... Mas, sobretudo, quero ressaltar a existência de pessoas que ainda lutam contra tudo isso. Todo super-herói depende de seu arqui-inimigo, pois um justifica a existência do outro. O que pretendo aqui é ressaltar a possibilidade de superação humana, que nos leva a criação destes personagens que estão muito mais próximos do que realmente imaginamos. O super-herói do meu tempo vive em mim, no meu vizinho, amigo, etc.. Ele se forma após um muito obrigado bem ofertado... Ele se fortalece nas pequenas atitudes, que não estão ligadas a lutar contra o crime, mas contra o preconceito, contra o comodismo e contra velhos paradigmas, capazes de tornar esse mundo menor do que relamente é...


O super-herói do meu tempo vive em nós, e não precisa de super-poderes para ser super, assim como não precisa de fama para ser herói, basta coragem, amor e um pouquinho só de comprometimento com a vida...
QUINCA

2 comentários:

  1. parabéns!!lindo blog!!! isso pq vc não sabe mexer hein , magina se soubesse rsrs . . . bjo bjo

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  2. Fala carinha, bem vindo ao mundo dos bloguers hehehe, alias começou mandando muito bem parabéns!
    abraço!

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